O Bar e Champanharia João 100 Gilberto recordou cinco anos de exposições artísticas realizadas neste restaurante noturno. Desde 2005 a casa recebe mostras de artes plásticas, organizadas pelo Ateliê Zilah Costa, associado ao MAPP (Movimento de Artistas Plásticos de Pelotas), fundado há dez anos. Em maio e junho, doze quadros de artistas do MAPP ficaram expostos e à venda (entre R$ 250 e 400).
A temática se centrou no sentido comum de recordar um aniversário de parceria com o restaurante. Nos títulos das obras pode ler-se uma alusão carinhosa ao clima que rodeia o João Gilberto, como casa noturna e foco de boas experiências (alimentícias, musicais, sociais, urbanas, amorosas).
Alguns exemplos: a alusão à "Noite", de Jandira Garcia (acima), os sensuais alimentos em "Peperoni", de Michele Iannarella (abaixo), "Mulher e maçãs", de Sandra Kuhn (esq.) e as garrafas e copos, de Vera Souto (abaixo à dir.).
Ainda hoje o restaurante é mais conhecido como palco de shows musicais. Seu nome original era "João Gilberto", em alusão aos dois sócios fundadores, João e Gilberto. Como a casa ainda era citada pelo nome original, João Lopes resgatou esse símbolo acrescentando no meio o 100 (sem). A falta do Gilberto pode ser física, mas sua presença segue sendo invocada e evocada, pela ligação nominal com a bossa nova. Veja nota de Max Cirne sobre o João no portal Noite & Cia.
Ainda hoje o restaurante é mais conhecido como palco de shows musicais. Seu nome original era "João Gilberto", em alusão aos dois sócios fundadores, João e Gilberto. Como a casa ainda era citada pelo nome original, João Lopes resgatou esse símbolo acrescentando no meio o 100 (sem). A falta do Gilberto pode ser física, mas sua presença segue sendo invocada e evocada, pela ligação nominal com a bossa nova. Veja nota de Max Cirne sobre o João no portal Noite & Cia.
A maioria das obras nesta mostra eram telas pintadas com tinta acrílica, mas também foram apresentados dois óleos, um trabalho em cerâmica e madeira (Mandala, de Renata Martins) e o mosaico com vidro de Raquel Grinberg.
Este mosaico (esq.), trabalhado com garrafas de Pepsi-Cola, impressiona à primeira vista por uma aparência de coisa desprezada e deteriorada. Num segundo momento, percebemos aquele objeto cotidiano, a garrafa de refrigerante, nossa conhecida desde a infância. Numa terceira impressão, nos damos conta da deformação total daquele mesmo vidro que associamos com lembranças agradáveis, que nos deu prazeres no passado e hoje vemos aplastado, como se fosse de material plástico.
A modernidade nos trouxe justamente as garrafas plásticas que podemos amassar e descartar logo após o uso - forma sutil de ensinar-nos a jogar fora nossas experiências, logo após o uso. Deveríamos pelo menos saber largar o que é mau, e ficar com o lado bom.
Fotos de F. A. Vidal
Fotos de F. A. Vidal
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