No período da Fenadoce, o Quiosque de Nelson Nobre esteve mostrando anúncios comerciais e fotos de confeitarias e padarias de Pelotas.
Uma das imagens é da antiga Padaria e Confeitaria Nogueira, cujo prédio ainda existe, modificado, exatamente defronte ao quiosque (abaixo à esq.).
Na foto (esq.), sem data, seu dono supervisiona a colocação do toldo, possivelmente no dia da abertura.
Por um lado, essa cobertura verde protegia da chuva ou sol, facilitando que os clientes olhassem as vitrines; por outro, dificultava a visão dos traços arquitetônicos.
Com o tempo, a Nogueira abriu uma lancheria no seu interior (dir.), como se a venda de pão não estivesse sendo suficiente para manter o negócio. O pão da Nogueira era um produto da melhor qualidade, sem o famoso bromato, que baixava os custos mas deixava os pães farinhentos, sem gosto e sem consistência.
Finalmente, a padaria fechou e o local físico ficou em mãos da cooperativa de doceiras de Pelotas, também por uns anos. O nome antigo, sem dono legal, foi reutilizado pelo Restaurante e Confeitaria Nogueira (Osório 1151), que oferece almoço na balança e jantar com música ao vivo.
Imagens: F. A. Vidal
16 comentários:
Bacana este post. Gostaria de saber de que ano a que ano funcionou essa confeitaria, pois não lembro de conhecer, talvez fosse eu ainda muito criança qdo fechou.
Abraços
Manu
A padaria fechou perto de 1980; foi a época em que a cooperativa de doceiras tomou o local como ponto de vendas. Seguirei pesquisando sobre a casa do seu Alfredo Nogueira.
Caro Rubens Amador!
O nome não ficou com ninguém! Nós da família não temos parentesco nenhum com estabelecimentos que foram abertos utilizando o nome e a mesma tipologia da escrita "Confeitaria Nogueira".
Sabemos que por não termos patente o nome pode ser utilizado por quem quer que seja. O que não admito é a alusão da continuidade da família.
Maria da Graça Saraiva Nogueira - filha de Alfredo Brandão Nogueira.
Maria da Graça:
Obrigado pelo esclarecimento. Anos após o fechamento da antiga Nogueira (durou uns 30 anos), o nome foi reutilizado para o atual restaurante, mas não transmitido.
No comércio existem essas ilusões de continuidade, e há um caso sui generis na Domingos de Almeida, o da Padaria Gaúcha. Veja .
Quanto ao editor deste blogue, sou eu e não o sr. Rubens Amador, cronista colaborador e autor dos epigramas de domingo. Para evitar essa confusão de nomes, colocarei no topo da coluna da direita a minha identificação.
Caro Francisco,
a data de Fundação da Confeitaria Nogueira é 15 de julho de 1899. Ela encerrou suas atividades em 1982, após 83 anos de plena atividade. Minha mãe e irmão estão todos vivos. Se precisares de algum esclarecimento sobre este assunto não nos furtaremos de atendê-lo. Sds, Graça Nogueira.
Sim, Graça, com certeza gostaria de detalhes históricos, da família e da padaria, pois tinha até agora que a padaria começara perto de 1950, nas mãos do sr. Alfredo. Deve ter sido então com algum ascendente, e no mesmo endereço?
O caso da Padaria Gaúcha está neste post:
pelotascultural.blogspot.com/2011/08/uma-padaria-sobrevive-nos-sonhos.html
Bom dia Francisco e Maria da Graça, sou de Porto Alegre, minha avó participou indiretamente desta história, pois adotou temporiariamente um menino que ficou orfão na enchente que aconteceu aqui em Porto Alegre por volta de 1941.Seus pais eram portugueses e ficaram doentes, acho que com a febre tifo,e acabaram falecendo. este menino foi entregue aos padres,com mais ou menos uns quatro anos de idade,chamava-se Fernando, assim como o pai e o avô.Ficou sob os cuidados de minha avó por quase dois anos,até ser levado por seu avô e seu tio (Manoel), que escreveram algumas cartas pedindo que entregassem o menino e agradecendo os cuidados. Todos eram da família Nogueira,as cartas vinham com o logo da confeitaria Nogueira, de Pelotas,sendo que muitos deles ainda moravam em Portugal( as cartas do avô vinham de lá). Até hoje, com seus 90 anos, ela acredita que irá reencontrá-lo, pois foi seu primeiro "filho". marcosgarciao@hotmail.com
Bom dia Maria da Graça Saraiva Nogueira, filha de Alfredo Brandão Nogueira.
Eu sou José Ricardo de Castro Reis, filho do cidadão pelotense José Jorge dos Reis, amigo de infância do seu pai, a quem tive o imenso prazer de conhecê-los em 1967, quando papai nos levou, a mim e ao meu irmão Antonio Luis, numa única vez em nossa vida, a Pelotas, e eu refastelei com os Papos de Anjo.
Estou hoje com 60 anos a da geração de meu pai só uma tia é viva, a caçula Rosalía, que é pelotense e que também mora aqui no Rio de Janeiro. Uma pena ter acabado a Lancheria, uma pena mesmo.
Tenho alguns amigos "virtuais" pelotenses, que, por serem jovens, não conheceram a Confeitaria Nogueira.
Transmito aqui meu abraço relembrando o carinho com que fomos recebidos àquela época. José Ricardo.
Sou Estevão Fontoura Ribeiro e sou de Pelotas, mas já tem 30 anos que moro em Esteio, Grande Porto Alegre. Tenho 66 anos e conheci a Confeitaria ainda em atividade. Lembro que aos domingos, ateve uma época, que ali faziam uns pães pequenos, mas em grande quantidade, que eram deliciosos e tinham farinha de mandioca com banha, que era uma delicia.
Meu pai, aos domingos, ia de caminhão até o centro da cidade e me levava na Confeitaria e comprava uns 10 pãezinhos destes que não lembro mais o nome.
Olá, o tio do meu marido vem de Jericoacoara este ano para o Natal, após 20 anos estar longe de Pelotas e seus familiares. Uma das lembranças de sua juventude euma torta da padaria Nogueira, a qual solicitou que eu conseguisse para que seu Natal se repetisse como em anos já distantes. Então fui pesquisar sobre a padaria e encontrei estes posto, vou repassar para o tio e tentar achar outra alternativa já que a mesma não está mais em atividade. Att
Nívea, você encontrará boas tortas na Márcia Aquino, Berola e outras doçarias.
Qual era o endereço da Confeitaria Nogueira?
Ficava no número 559 da Quinze de Novembro, entre a Floriano e a Sete de Setembro, lado oeste.
Nos anos mais recentes funcionava ali uma livraria, entre o banco e a loja de instrumentos musicais.
Sou bisneta da Dona Liboria, cozinheira da confeitaria Nogueira minha vó Terezinha arrumava os armários da Dona Júlia. Hoje ela tem 97 anos e não cansa de contar as histórias da confeitaria. Mostrei a foto para ela e foi emocionante a alegria dela em rever.
Que legal. Podemos registrar as memórias dela?
Maria da Graça, por gentileza… acaso algum de seus familiares tem parentesco com os Castro Nogueira de São Gabriel? Meu avô era Augusto Henrique Nogueira, filho da Dona Lucília e neto da Dona Zeferina e do Sr Prudente.
Moramos em Pelotas, na Rua Santo Ângelo até o fim da década de 80.
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