Vi hoje a lua cheia fazendo jogo com um semáforo (aqui chamado "sinaleira"), na esquina da Félix da Cunha com Princesa Isabel.
Nada mais cotidiano que ver sinalizações urbanas ou o céu noturno, mas neste caso a graça foi dada pelos conteúdos semânticos em conjunção com a lua: o da luz verde e o da flecha reta.
Em cruzamentos, esta flecha significa que os veículos somente podem seguir em diante, sem dobrar. A lua interpondo-se sugeria que o destino seria o infinito (ou, pelo menos, o satélite a 300 mil km). O trio dizia: Licença para subir, sem limites nem desviações.
O simbolismo me remeteu à história de Fernão Capelo Gaivota (veja post).
Foto de F. A. Vidal
2 comentários:
Francisco,uma vez, num comentário do Tear, afirmei que a gente pode estar repleto de poesia sem ter escrito um único verso de um poema... Teus textos estão ficando assim...repletos de poesia.
Para que o "ranço" do engessamento dos gêneros?
Legal! Bj, Tê!
Realmente, a poesia está nos lugares de que a gente gosta, e de que ao mesmo tempo se distancia para vê-los com outros olhos, mais sábios, pacientes e prudentes.
Um post poético segue sendo um post.
Onde estaria o "ranço"?
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