Sem necessidade de intervenções digitais, a artista plástica especializada em fotografia Norma Rejane Silva Alves registrou com seu celular uma fachada de casa no bairro Areal. É uma das obras em exposição na sala Antônio Caringi da SeCult até 13 de novembro.
A construção se encontrava num terreno alto, o que permitiu destacar o céu como fundo, ficando a fachada como moldura, no limbo entre a terra e o infinito.
A desaparição do corpo da casa sugere que a morte se instalou definitivamente, deixando a máscara a deteriorar-se, isolada no tempo e no espaço. Como tenho mostrado em fotos de casas em ruínas, nossa cidade cultiva a arquitetura e as antiguidades, sem que isso denote uma autoestima consolidada e que permita a evolução conseguinte.
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