Alunos do SENAC preparam-se para servir 200 pratos de entrada |
Estive lá como colunista gastronômico do Amigos de Pelotas, por convite feito pelos organizadores ao editor Rubens Filho. Foi naquela noite que tomei uma das últimas fotos da Corte 2009 da Fenadoce (veja), cinco dias antes da nova eleição.
Além das ofertas dos 30 restaurantes, a Quinzena finaliza com um show especial: este ano será “Satolep Sambatown”, com Vítor Ramil e Marcos Suzano. O comensal que acumular os selos de 6 restaurantes, terá direito a 1 ingresso para 1 pessoa nesse espetáculo, dia 31 de outubro, no Teatro Guarani. A oferta não melhorou em relação a 2008, pois eram 5 os selos exigidos, além de que os pratos costumam ser para duas pessoas.
Bryan Chaplin |
O professor de Cozinha do SENAC apresentou-se com dez alunos (mais 20 garçons no serviço às mesas) e explicou cada prato, de grande simplicidade apesar de algumas palavras em francês: todas receitas típicas do século XIX, comuns em nossa cidade na época (para as famílias ricas, por certo).
A entrada começou a ser distribuída (primeira foto acima) cerca das 21h30min, logo após as apresentações. Percebi nos convidados, cerca de duzentos, uma pressa por comer: como eram somente bebidas a servir-se desde as 20h, o pequeno e delicado prato foi sentido como aperitivo, o que dificultou sua apreciação.
Coq au vin com arroz selvagem (e brócolis) |
Coq au vin (frango em molho de vinho tinto, champignon, bacon, cenoura e salsão) foi o prato principal (dir.), acompanhado de arroz selvagem e brócolis semicozida. A receita francesa usava tradicionalmente galos de criação, o que hoje em dia se faria de alto custo e de preparação demorada.
O resultado foi satisfatório em quantidade, mesmo para quem estava aqui jantando perto das 22h30; houve repetição. Quanto ao sabor, estava suave demais, pelo pouco sal. Paladares mais exigentes e analíticos que entrevistei sentiram falta de mais requinte e menos economia nos ingredientes.
Profiteroles com ganache e calda de goiaba |
Em resumo, a noite foi um agradável encontro social de pessoas empreendedoras, preocupadas do desenvolvimento de Pelotas.
Os empresários gastronômicos mostram boas condições de atender turistas e a população pelotense mediante seus serviços, especialmente nesta 6ª Quinzena, que é um atrativo para conhecer a cidade.
No jantar, o lema de “tradição e requinte” foi observado no cardápio e na iluminação de velas, mas não houve música ambiental afim.
A confraternização humana e afetiva também seguiu o critério individualista, característico dos pelotenses.
A 6ª Quinzena oferece 30 pratos |
O entrosamento começou depois da meia-noite, já com metade dos assistentes e a música a maior volume.
Esta crônica foi enviada por Slow Food para sua coluna de sábado 16 no Amigos de Pelotas, e não foi publicada pelo editor.
Fotos de F. A. Vidal
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