Rubens Amador Filho lançou seu segundo livro, "Drops de Menta", contos e crônicas dos últimos dois anos. O terceiro já está encaminhado.
O sucesso foi pleno quanto à programação e quanto aos convidados: além de familiares, admiradoras e colaboradores e colunistas do Amigos de Pelotas (alguns deles na foto abaixo), chegaram figuras públicas e colunáveis, que são fãs do blogue que Rubens dirige - como o vereador Eduardo Macluf, o reitor do IFSul, Antônio Brod, o presidente do Conselho de Cultura Henrique Pires e o empresário farmacêutico Beto Moura.
Também esteve presente um grupo de jovens do Grupo Tholl, emprestando à reunião sua beleza e graça e dando à noite um ar artístico, histriônico e, claro, pelotense.
Uma caixa com balinhas de hortelã reais - não virtuais - esteve à disposição dos amigos de Pelotas presentes, aludindo com bom-humor ao nome do livro, que foi sugerido por um leitor, segundo comentei num post anterior (leia). Os textos pretendem ser suavemente amargos e refrescantes, como a vida, que nunca é 100% doce, nem angustiante.
Apesar de que o Amigos tem mais seguidores homens, mais colunistas homens e, em geral, traços masculinos - evidentes na análise e na sátira política e, por que não, na identificação com o Café Aquários - o texto literário de Rubens é basicamente psicológico e sentimental. Semelhante a uma autoanálise, as frases em primeira pessoa remarcam o lado sofrido da existência, com pessimismo e melancolia, mas com uma lucidez de si mesmo que poucos homens têm (ou se atrevem a verbalizar).
Já houve colunistas mulheres no blogue, mas todas elas saíram ou mantêm certa distância, ou estiveram em recesso, apesar da vontade de Rubens de fazer um veículo variado, para todos os interesses. Inevitavelmente, um jornal é a cara de seus editores ou donos, sendo normal e desejável a segmentação dos leitores. A objetividade total nunca é possível, mesmo que se mantenha como um princípio ou um estilo predominante.
Com sua imperante marca pessoal, o blogueiro mais lido de Pelotas abre um novo espaço de criação na cidade, que se configura como uma escola jornalística em desenvolvimento, com ingredientes políticos, artísticos e psicanalíticos. Nesse processo, Rubens escolhe, chama e protege seus colaboradores, sabendo que a consonância grupal pode produzir algo novo, um movimento que se mantenha no tempo, mesmo sem seu líder.
Seu próximo passo é publicar um livro sobre esta experiência, a ser lançado em 7 de novembro, na Feira do Livro. Desta vez - com os doze colunistas representados no texto (questão de química) - a mensagem será menos amarga e os efeitos, mais refrescantes.
Fotos de F. A. Vidal
Nenhum comentário:
Postar um comentário