O Movimento dos Artistas Plásticos de Pelotas inaugurou este ano a Dança das Cadeiras, um novo tipo de mostra coletiva cíclica, que esteve em exposição durante o mês de abril nos corredores do shopping Zona Norte, sede do MAPP desde sua criação em 2000.
A denominação temática "Dança das Cadeiras" mescla vários significados: uma festa com música, uma reunião com trocas de funções, ou até um festival de personagens.
"Cadeiras" são assentos, ou quadris, ou cátedras. Umas dançam com outras. São "móveis" e não caminham; nós é que nos movemos em torno a elas. Um movimento de baile, uma figura de linguagem ou uma dança metafórica?
A exposição das cadeiras inclui todos esses sentidos, todos os tipos imagináveis de assentos, todos os artistas que queiram participar e todos os espectadores dispostos a se mover em torno às cadeiras. Ou uns com outros. Ou em torno a si mesmos.
O resultado foram 110 cadeiras pintadas e arranjadas de diversas formas por 47 artistas. Somente pude fotografar algumas delas, e anotar alguns dos nomes dos criadores. A dança coletiva era multitudinária e em ritmo animado, ou seja, era uma quantidade tal que requeriria um catálogo.
Mas onde já se viu catalogar pessoas dançando? Estes bailarinos entram e saem, flutuam no ar, caminham pelas lojas, se sentam nelas ou ficam pelos cantos.
Apareceram cadeiras do vovô ou de bonecas, modernas e antigas, com ou sem respaldo, urbanas ou campeiras, simples ou sofisticadas, e mais uma bem-humorada, graficando um elegante retrete.
Foto 1: Cadeira Coração, de Raquel Grinberg, R$ 30.
Foto 2: Cadeira de balanço, de Moisés Rebello, R$ 420.
Foto 3: Cadeira de Van Gogh (detalhe da seguinte).
Foto 4: Conjunto criado por Túlio Oliver, com quadro, tapete, livro e outros objetos, R$ 560.
Foto 5: O café também participou, decorando uma cadeira rústica com um moedor e um saco de café.
Foto 6: "Apertados", do acervo de Lília Costa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário