O artista fala um pouco de si e de sua obra, numa página exposta na galeria, sendo lida pela visitante na foto (dir.).
Ele diz trabalhar com técnicas como textura espatulada, colagem e costura, sempre baseando-se "em formas geométricas abstratas, obtidas de sombras e de imagens reais". Ainda seguindo o texto de Maicon, ele quer causar um impacto no espectador com suas obras: "fazer com que elas se destaquem através das cores e formas geométricas distribuídas em cada tela que pinto, criando e seguindo um estilo próprio e único".
Linhas e manchas aleatórias facilitam os pensamentos mais profundos das pessoas, por identificação simbólica e pela projeção de percepções inconscientes. Muitos artistas relaxam as formas de tal modo que os espectadores projetam com bastante liberdade.
Maicon sabe configurar um conjunto abstrato e nele situar as cores, sem desagradar visualmente, sendo até convidativo pelo lado emocional (acima). Suas linhas e riscos não representam algo concreto, mas conseguem deixar-nos intrigados. Por trás desses traços há algo... serão emoções?
Nesta seleção, a imagem mais impressionante não seduz a visão pela cor, mas por uma vertiginosa profundidade (dir.), sugerida especificamente por ações intencionadas, nem retas nem aleatórias.
Inclusive podemos dizer que o artista não usa a geometria na prática, mas somente no conceito; sem necessidade de régua ou compasso, pode-se apreciar que as linhas e curvas são sempre feitos por sua própria mão.
Esta geometria não é precisa ou rígida; somente aproximativa, para sugerir mais facilmente ideias e sensações cada vez mais internas e subjetivas, chegando à vertigem sugerida.
Fotos de F. A. Vidal.
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