Passou a cantar trechos de óperas e até mesmo óperas completas representando Don José (em "Carmen", de Bizet) e no papel central de "Jesus Cristo no Monte das Oliveiras", de Beethoven.
Já se apresentou em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Florianópolis e Recife, predominantemente em repertório erudito.
Em toda parte há bons cantores populares ou mesmo ídolos consagrados, mas não se encontram facilmente tenores de ópera - eles vêm, muitas vezes, de outros países. Auildo é um deles, e o temos aqui. O maestro Sérgio Sisto o apresenta como "o melhor tenor na América do Sul"; realmente, ele não precisa de microfone para fazer-se ouvir em todo o Teatro Guarani. Com isso, o mais lógico seria precisamente dedicar-se à música erudita.
Mas a música romântica volta a recrutá-lo como um novo Plácido Domingo, tenor espanhol que, após uma vida cantando óperas, usa a canção popular para encantar maiores multidões.
Auildo começa por Pelotas, em maio de 2001, apresentando boleros, trechos de musicais americanos, músicas brasileiras e italianas; na ocasião, somente o acompanhava um tecladista que também fazia o vocal de apoio. Ele mesmo disse ao Diário Popular: "Me identifico muito com Plácido Domingo, um tenor que também canta de tudo" (veja a notícia).
Passou a gravar CDs e DVDs, preparando um show novo a cada ano ("Mulher", "Alma Latina", "Duetos", "Canções eternas"). Com seu progresso musical e de marketing, Auildo Munhoz hoje lota o Teatro Guarani, de modo similar à Orquestra e Coro Música pela Música.
E algo que não se menciona muito: ele também compõe melodias e já apresentou algumas dessas canções, em parceria com Luiz Conceição que faz as letras - segundo o Diário Popular em 2003 (veja a notícia). No vídeo abaixo, "Um tipo especial de amor", melodia amável e simples, para versos açucarados, cheios de rimas e com um verbo inventado ("resplander"). Tudo faz pensar que nosso Auildo está mais perto de um nacional Roberto Carlos que de um universal Plácido Domingo. Foto: Dunas Clube.
3 comentários:
Se é verídico que o "maestro" Sérgio Sisto (que, ao que se saiba, não possui tal titulação fornecida por nenhuma universidade ou conservatório superior) tem tal opinião a respeito do Sr. Dr. Auíldo, isso só prova que os anos quatorze anos que já conta em Pelotas, longe do cenário lírico nacional e internacional (no qual chegou a ter um esboço de carreira, infelizmente tendo deteriorado seriamente sua originalmente bela e promissora voz antes dos trinta anos), perdeu bastante o senso de referência. O que é muito provável, considerada a disparidade entre o nível-de-exigência-de-repertório e o nível-de-qualidade-técno-musical da orquestra amadora local, que se propõe a reger.
Parafraseando o título de um CD popularesco de Plácido Domingo e paloma San Basilio, sugiro aos produtores locais um show que vai ser um estouro: AUILDO MUNHOZ Y GAHUER CARRASCO: POR FÍN, JUNTOS! Páreo duro na cafonice.
Amamos o Auildo e a musica de qualidade q ele proporciona á Pelotas q tão pouco se revela no campo musical do nosso país.
Postar um comentário