Em 2008 Anderson abriu o blogue Defensores dos Direitos Animais, e teve uma coluna semanal por seis meses seguidos no Amigos de Pelotas (veja artigos). Também é colunista da ANDA - Agência de Notícias de Direitos Animais - , tido como o primeiro portal jornalístico do mundo voltado ao universo animal. Ainda neste mês de janeiro, Anderson (veja seus artigos) publicará um ensaio breve sobre a condição animal, numa coletânea de trabalhos dos 36 redatores da ANDA.
Há dois meses Anderson abriu o blogue Pensamento Ampliado, uma experiência para exercitar seus talentos, esforços e aprendizagens como escritor. Ali pratica gêneros como a crônica e o conto, aproveitando para esboçar partes de algum romance e dialogar com os leitores que já passam a conhecê-lo em seu crescimento literário. Paralelamente, se expressa e se compreende melhor a si mesmo, num exercício também psicológico.
Diz o blogueiro ter tomado a expressão do francês Luc Ferry. Para este filósofo (e educador da ala conservadora), "pensamento ampliado" é
colocar-se no lugar do outro não só para entendê-lo melhor, mas para tentar, num movimento de retorno do exterior para si mesmo, examinar os próprios julgamentos e valores do ponto vista que poderia ser aquele dos outros ["O que é uma vida bem-sucedida?", p. 340. Rio de Janeiro: Difel, 2004].O novo escritor se vale dessa ideia de empatia (colocar-se no lugar do outro) e amplia ainda mais o conceito. Veja um exemplo dado por ele mesmo:
Meus textos, em geral, nascem de um desafio criativo. Para mim, amarrar os cadarços nunca foi algo especial. Sem ter eu nada em mente, meu irmão sugeriu que eu escrevesse um conto sobre "amarrar os cadarços", e assim o fiz. Depois de ter escrito "Gotas de infância" [leia a crônica], este ato passou a ter mais sentido para mim e, desde então, ampliei na minha existência a razão ou significado deste mero amarrar de cordéis.20-11-15 Este post foi editado hoje.
Um comentário:
Anderson é um jovem escritor com aguda percepção do entorno. Creio que não ficará na promessa. Tem bala na agulha para projetos mais audaciosos, como a narrativa longa, por exemplo. Bela matéria.
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