Um teórico do urbanismo comparou as cidades às mulheres, definindo que de longe elas poderiam parecer belas, dinâmicas e brilhantes, mas em seu interior poderiam ter outros traços, como calidez, ternura e receptividade. No entanto, também é verdade que as aparências mostram parte da história do fotografado.
Nesta imagem (clique nela para ampliar), os edifícios mais notórios são dois: à direita, a Catedral do Redentor, do século XIX, ponto turístico que nos orgulha, e à esquerda um que nos envergonha, shopping em ruínas nunca terminado, a maior bugiganga do mundo (veja foto).
Bem pequeninho no extremo esquerdo, o Hotel Manta, erigido nos anos 50. O volume amarelo, à direita do relógio do Mercado, é o Paço Municipal, construído no século XIX para a Câmara, quando sob o Império não havia "prefeitos" e o chefe do Executivo era o mesmo do Legislativo.
Um pouco atrás, em azul, o edifício da Associação Comercial, onde se encontra o Café Aquários desde a década de 1950 - e houve um cinema até os anos 20, o Ponto Chic. O Grande Hotel, visto por trás, também substituiu um cinema na mesma década, o Polytheama.
Nossa cidade pode não parecer muito sorridente ou produzida (para os tempos de hoje), mas tem alguns "cartões postais" e muitas histórias que contar.
Foto: F. A. Vidal (dezembro 2009)
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